Pesquisadores alertam: óleos populares usados em cozinhas do mundo todo podem estar ligados ao aumento alarmante de câncer de intestino entre jovens.
Um novo estudo publicado na revista científica Gut acendeu um alerta global: o consumo excessivo de óleos de sementes, como os de girassol, canola, milho e uva, pode aumentar o risco de câncer de intestino — especialmente entre jovens adultos.
Os pesquisadores analisaram 81 amostras de tumores de pessoas com idades entre 30 e 85 anos e encontraram altos níveis de lipídios bioativos derivados da oxidação desses óleos. Esses compostos, segundo o estudo, são absorvidos pelo corpo e contribuem para processos inflamatórios e mutações celulares associadas ao câncer.
“Os lipídios oriundos da degradação térmica de óleos de sementes parecem desempenhar papel importante na formação de tumores intestinais”, afirmou um dos autores da pesquisa.
A Grã-Bretanha apresentou um aumento de 3,6% ao ano nos casos de câncer intestinal precoce, e o número de diagnósticos entre pessoas de 25 a 49 anos cresceu 52% desde a década de 1990. Os cientistas relacionam esse fenômeno a três fatores principais: dietas ricas em ultraprocessados, obesidade e consumo excessivo de óleos refinados.
Enquanto isso, gorduras consideradas “boas”, como o azeite de oliva e o óleo de abacate, demonstram efeito oposto: possuem ácidos graxos monoinsaturados e ômega-3, que ajudam a proteger o intestino e reduzem inflamações.
Os médicos reforçam que a substituição gradual dos óleos de sementes por opções mais saudáveis é uma medida simples, mas poderosa, para reduzir o risco de doenças crônicas.
TV Saúde (Projeto Viva Mais) recomenda que o consumidor esteja atento aos rótulos: muitos produtos industrializados contêm óleo de girassol ou de canola, mesmo em alimentos aparentemente “saudáveis”.